07/01/2019
Estudantes da 1ª turma de Medicina da Universidade Franciscana deram início ao Internato do curso, que tem a previsão de durar cerca de 2 anos.
Isso por que, para se tornar Médico, cada aluno precisa de 960 horas de atendimentos por semestre, distribuídas entre atendimentos comuns e plantões. Isso corresponde à 35% da carga horária desta graduação.
O Internato é obrigatório para todos os graduandos de Medicina e é realizado por alunos do 9º semestre do curso. Ele funciona como um estágio, onde farão atendimentos supervisionados a pacientes em quatro instituições de saúde de Santa Maria e Região.
Os atendimentos serão feitos nas áreas de Clínica Médica e Saúde Coletiva. Em Clínica Médica, os alunos farão o internato no Hospital de Caridade e Hospital Casa de Saúde, em Santa Maria, e no Hospital de Caridade e Beneficência, em Cachoeira do Sul.
Já na Saúde Coletiva, os acadêmicos farão atendimentos junto à 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, onde atuarão na gestão de saúde de toda a Região.
Todos os alunos que estão no Internato deverão passar pelos quatro locais, um em cada semestre, e em todos terão um preceptor, ou seja, um médico responsável que fará a supervisão.
“A expectativa é das melhores porque é uma etapa onde se soma conhecimento e é preciso que façamos o nosso melhor. É a hora de utilizarmos todo o aprendizado adquirido até agora e aplicar ele na prática”, comenta o acadêmico Victório Del Fabro.
Logo no início de 2019, no dia 2 de janeiro, o curso preparou uma série de atividades para os alunos. Foram feitas palestras sobre temas recorrentes, como a Judicialização da Saúde, que se refere à busca de pacientes pelo Judiciário como a última alternativa para obtenção do medicamento, ou tratamento negado ou que não é oferecido pelo SUS.
Além disso, professores contaram suas experiências, deram dicas de como gerir o estresse durante o Internato e falaram sobre práticas médicas e, de como é possível adquirir conhecimento através dessa etapa da formação.

O docente Luiz Alberto Michet da Silva, apresentou a importância do contato com os pacientes, da oportunidade que se tem em entender, ver, rever e observar mudanças em sintomas de um paciente, e como essa fase é ótima para estudar os efeitos terapêuticos em um tratamento.
“O internato tem uma importância muito grande porque é um período de prática direta com pacientes, é o período de mais contato e uma forma de os alunos poderem aplicar os seus conhecimentos”, destaca.
Os diretores dos hospitais também estiveram presentes e realizaram uma apresentação geral sobre as instituições, sobre o funcionamento, estrutura e como ocorrerão os internatos.
“O objetivo destas atividades foi de mostrar aos alunos o que eles vão encontrar no Internato e nas práticas médicas desenvolvidas durante esse período”, explica a coordenadora do curso de Medicina, Léris Salete Bonfanti Haeffner.
Texto: Fernando Cezar/ Estagiário Jornalismo
Imagens: Mark Braunstein / Fotógrafo

