“Setembro Amarelo” conscientiza sobre a importância da saúde mental Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
04/09/2020

O dia 10 de setembro é considerado no Brasil o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas todo o mês é propício o debate sobre o tema. O “Setembro Amarelo” foi criado por meio de uma campanha elaborada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2014.

O intuito da publicidade era informar as pessoas sobre o combate ao suicídio, motivado pela depressão. O mês se tornou um movimento mundial para conscientizar a população sobre a realidade do suicídio, mostrando que existe prevenção em mais de 90% dos casos - segundo o site do movimento.

O suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata um brasileiro a cada 45 minutos e uma pessoa cada 40 segundos em todo o mundo. São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no país, onde a triste realidade atinge pessoas de todas as faixas etárias.

“Não existe somente um motivo, são vários que se alinham e assim, aumentam o risco de se progredir algum problema como o suicídio”, explica o professor de Psicologia da UFN, Felipe Schroeder de Oliveira.

Principais motivos que podem abalar uma pessoa mentalmente:

- solidão;
- falta de contato com pessoas;
- problemas relacionados a desemprego;
- doenças graves;
- depressão.


Ainda segundo Schroeder, acima listou-se algumas das situações que a pessoa pode estar passando quando pensa em cometer suicídio. Ou seja, o desgaste mental quando aliado a alguns desses fatores de dificuldade, pode fragilizar a vida das pessoas.

Segundo Professor Felipe, o preconceito imposto pela sociedade onde problemas desse teor são diminuídos, sempre esteve presente na sociedade. “O Setembro Amarelo é muito importante para a sociedade pois ele serve para ajudar no combate ao preconceito que nós temos em relação aos problemas de saúde mental”, explica.


Importância da saúde mental

O Psicólogo Rodolfo Martins relata a importância da campanha diante da quebra de paradigmas. É importante fazer uma reformulação de ideias e conceitos equivocados sobre o suicídio, considerando o termo como sinônimo de fraqueza ou covardia. “Buscar ajuda não é sinônimo de se assumir louco, é na verdade o ato mais corajoso que a pessoa pode realizar, cuidando de si mesma”, esclarece Martins.

“Enquanto profissional psicólogo, encaro o suicídio como um dos maiores problemas de saúde pública do nosso tempo, e principalmente no momento pelo qual estamos passando, talvez seja interessante fazermos uma analogia e perceber a dimensão daquilo que as pessoas apenas lembram no setembro amarelo”, enfatiza Rodolfo, egresso da Universidade Franciscana.


Curso de Psicologia oferece atendimento psicológico

O PAIP oferece atendimentos para alunos e funcionários que precisam e desejam apoio psicológico. Além disso existe a Clínica, que é destinada para pacientes externos, de crianças a idosos, trabalhando com público em geral. Atualmente, por conta da pandemia, pacientes que não se sintam à vontade de realizar suas consultas presencialmente, podem optar pelo atendimento online. 

A estudante do 10º semestre de Psicologia, Pamela Rossat, estagiária na Clínica e no PAIP, acredita que o debate deveria ser mais comum em todas as épocas do ano. “Se as pessoas conseguissem falar mais sobre o assunto talvez o número de suicídios fosse menor. A sociedade deveria ser mente mais aberta. A doença não escolhe idade, gênero ou faixa salarial para atingir”, frisa a acadêmica.



Pamela ainda lembra que a Clínica Escola é voltada para pessoas com baixa renda, que não tem acesso a terapia de forma privada, o que os dá prioridade e alcança a todos que necessitam de apoio psicológico. Contate o Paip: paip@ufn.edu.br.

Além disso, existe o CVV que é uma das ONGs mais antigas do país, que atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio pelo telefone 188 e também por chat, e-mail ou pessoalmente.

O site do Setembro Amarelo possibilita, também, a quem procura ajuda. Basta preencher seu país, estado e cidade, que o site encontra profissionais capacitados para atender quem desejar. 

Texto: Estagiária de jornalismo UFN - Emanuely Guterres


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