Saiba a importância da família e dos amigos no combate a depressão Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
10/09/2020

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018, foram registrados anualmente mais de 800 mil mortes em decorrência do suicídio. A OMS ainda estima, que a cada morte documentada por suicídio, são estimadas 20 tentativas.

O ano de 2020 trouxe inúmeras incertezas e sentimentos de desconforto. Quem já tinha problemas ligados a ansiedade e depressão, vem sofrendo mais com a situação da pandêmica, por isso, a campanha do “Setembro Amarelo 2020” possui um significado ainda maior.

“É necessário ouvir mais e falar mais, ter a coragem de compartilhar suas dores e procurar ajuda. A mesma intensidade serve para quem não sofre do mal e tem a capacidade de ajudar, ouvindo e procurando o bem da pessoa”, explica o psicólogo e professor da UFN, Rodolfo Martins.

Dentre todos os casos de suicídio consumado, 90% contam como fator predisponente, com possível diagnóstico de transtorno mental, ou seja, havia chances consideráveis de terem sido evitados caso fosse feito o encaminhamento, avaliação e manejo adequado, entretanto, não é essa a realidade.

As causas que levam ao suicídio são multifatoriais. Existe uma série de características do estilo de vida contemporâneo contribuem no desenvolvimento de um conjunto de transtornos mentais que podem evoluir ou resultar na intenção de tirar a própria vida, intenção esta que pode variar desde uma simples ideia, até uma tentativa fatal.

- depressão;
- transtorno bipolar;
- transtorno de ansiedade;
- transtornos alimentares;
- esquizofrenia;
- dependência de álcool e outras substâncias psicoativas;
- transtorno de personalidade borderline; entre outras.

É importante saber identificar uma série de alterações comportamentais que, mantendo-se em certa intensidade e frequência, poderão indiciar que o indivíduo precisa de ajuda.

- Humor deprimido; 
- Falta de sono ou sono em demasia;
- Descuido com a própria aparência;
- Perda de interesse por atividades ou objetos que antes eram importantes e representativos;
- Isolamento do grupo de amigos e colegas;
- Ganho ou perda de peso abruptas;
- Sentimento de desesperança e/ou desmotivação;
- Expressões verbais ao se referir à vida, tais como: “Estou cansado de tudo isto”, “Não aguento mais”, “Tenho vontade de acabar com tudo”, “Minha vontade é dormir e não acordar mais”, etc.

Papel da família e dos amigos 

O Psicólogo Rodolfo comenta que estes comportamentos devem ser observados dentro um determinado contexto, com uma determinada frequência e uma determinada intensidade. A avaliação clínica de um caso em particular, bem como o manejo do mesmo, deverá ser realizada por um profissional qualificado. “Apesar da presença e acolhimento de um amigo ser um fator de segurança importantíssimo para quem pensa em tirar a própria vida, a melhor coisa a ser feita é encaminhar para um profissional psicólogo ou psiquiatra”, esclarece.

O Professor de psicologia da UFN, Felipe Schroeder de Oliveira acredita na criação de ambientes que favoreçam as pessoas a demonstrarem as suas expressões, onde o risco de adoecimento e probabilidade de pensamento suicida diminua. “É o combate a respeito da saúde mental. As pessoas precisam se atentar, estimular o senso crítico de ver sua situação e buscarem ajuda”, relata o Professor.

Existem atividades que estimulam o bem-estar, fazendo com que esses pensamentos se afastem. O professor enfatiza que é necessário a pessoa ter consciência de alguns atos, pois a depressão pode ser evitada revendo os seus próprios hábitos.

- presença constante de amigos e familiares;
- procura de ajuda profissional;
- praticar atividades físicas;
- momentos de lazer;
- ter uma boa alimentação;
- evitar o abuso de álcool, cigarro e/ou consumo de droga; entre outros.






O Dia 10 de Setembro marcou a data nacional de debate e conscientização contra o suicídio. Mas cuidar da saúde mental é sempre uma necessidade. Quando a pessoa não está bem, o corpo pode apresentar estresse e desgaste emocional. Neste mês em que se conversa sobre a campanha do “Setembro Amarelo” a equipe de jornalismo da Universidade Franciscana trouxe um material ilustrativo ao tema. Por meio de uma entrevista, a reportagem da UFN TV falou com os professores Félix Guazina e Graziela Cezne, do Curso de Psicologia da Universidade Franciscana, os quais expressaram a importância de dialogar sobre a qualidade da vida mental das pessoas.


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