Pesquisadora da UFN pauta formação continuada e autonomia docente em dissertação Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
10/05/2023

Com objetivo de buscar um desenvolvimento científico, a partir da construção de uma formação continuada e permanente que resgate no professor o exercício da pesquisa concentrada em sua unidade de trabalho, a fim de emancipar sua identidade profissional, autoafirmação e liderança na pertinência ao êxito da escola. A pesquisadora, vinculada ao Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens (MEHL) da Universidade Franciscana (UFN), Larissa Daiane Pujol Corsino dos Santos, com orientação do professor Diego Carlos Zanella, destaca em seu estudo os impactos do resgate da pesquisa em paralelo com a evolução da escola com a dissertação ‘A formação continuada e a autonomia docente: Estratégia de ação para autoafirmação e liderança’.

Realizado no Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac, o estudo decorre sobre ressaltar os princípios da gestão democrática no apoio formativo de seus professores cultivando assim um percurso formativo com exercício ativo da emancipação docente, nos níveis subjetivo e profissional, o qual destaca elementos cuja historicidade da escola e as considerações de seu professorado definam a sequência da atividade. “Neste local em que eu leciono há mais de uma década, era consciente, entre os colegas, a urgência de uma formação continuada inovadora que revisasse as reuniões que, cada vez mais, afastavam os profissionais desta jornada, como também colaborasse para a melhora comunicativa entre professores e gestores, priorizando a escola nos conteúdos formativos através do protagonismo docente, ou seja, destes que vivenciam, atuam e testemunham o seu cotidiano. Encontramos, portanto, este caminho para uma formação contínua oriunda dos próprios docentes, colocando a sua voz ativa na participação nas pautas de estudo e de abordagem prática, com primazia à relação entre os educadores e a escola, bem como um diálogo colaborativo com a gestão escolar”, destaca a pesquisadora.

A dissertação iniciou a partir de uma intervenção da escola realizada pela pesquisa-ação, aplicando atividades formadoras com intuito de abranger o resgate da pesquisa e unidade escolar, com a estimativa de que em seu resultado, o corpo docente reconheça sua identidade profissional, eleve sua autoestima e autoafirmação para a liderança. De acordo com a egressa, o docente deve assegurar como responsável por uma gestão democrática juntamente com a equipe diretiva. “A formação continuada de professores, mais que um recurso de atualização, deve contemplar a situação do professorado em seu âmbito relacional, enquanto profissional e ser humano, em cujo trabalho cada colega faz do seu tempo de vida o sinônimo da colaboração para com a educação e o ensino de pessoas, incluindo a si mesmo”, finaliza.

A variedade de participantes consistia em coordenador pedagógico, diretor escolar e professores atuantes do Ensino Fundamental I (Anos Iniciais). Os fundamentos utilizados para a seleção da entrevista dentro da equipe diretiva basearam-se na responsabilidade de condução das tarefas formadoras, pertencida aos coordenadores e à direção que providencia o apoio aos professores que se moldaram como criadores de suas próprias atividades. Na medida em que a equipe respondia aos questionários, aplicados de forma on-line devido à pandemia, eram observadas em suas opiniões as possíveis mudanças na forma de pensar e de atuar na escola a partir de atividades formadoras que divulguem a identidade docente como um ser nato de pesquisa e liderança.
Durante os questionamentos foi constatado que, para restaurar a participação entre professores, escola e teorias, superando o foco técnico, a promoção da pesquisa desenvolvida por professores precisa ser vista como princípio epistemológico, visto que a sua consecução abrange a produção de conhecimento através da observação, análise e reflexão sobre a realidade. Dessa forma, trazer a pesquisa-ação na formação para o professor pesquisador, seja em escola, seja em universidade, subentende que a análise crítica por parte dos envolvidos explore a problematização da prática da sala de aula, intencionando a produção de conhecimento através da pesquisa sobre a própria experiência.

A ciência de que a formação contínua se adeque ao magistério se caracteriza como um primeiro passo para a evolução através do empenho da identidade, mutável e transformadora, de acordo com o cumprimento social desta coletividade institucional. As explanações obtidas com o projeto concluem a trajetória da pesquisa revelando o aproveitamento do professor, enquanto pessoa que parte da individualidade do ser e se forma na colaboração como agente e testemunha do contexto histórico, social, cultural e educacional no qual se integra.

A pesquisa pode ser acessada on-line através deste link.


Texto: Gabriela de Flores Neto / Jornalista
Foto: Banco de Imagens / UFN



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