Palestra ‘Um resgate da Arte Têxtil’ promoveu visitação da exposição ‘Tessituras Circulares’ Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
14/04/2023


Ocorreu na tarde de ontem (13) uma palestra promovida pela Sala de Exposições Angelita Stefani (IMAS), com a artista, pesquisadora e professora Ana Norogrando com o tema ‘Tessituras Circulares - Um resgate da Arte Têxtil’. O momento reuniu acadêmicos e professores no Salão de Atos do Prédio 13 – Conjunto III. Também está sendo realizada uma exposição da artista na Sala IMAS com a temática ‘Tessituras Circulares’, que está localizada no Prédio 14 da Universidade Franciscana (UFN). A mostra pode ser visitada até o dia 19 de maio, com entrada gratuita.


A coordenadora do curso de Design e curadora da Sala IMAS, Círia Moro, considera este um momento importante em trazer a artista para uma conversa mais direcionada ao público e para a expor sua arte. “Ela é uma artista de renome internacional, tem esculturas importantes na cidade de Santa Maria, como o Vento Norte”, comenta a coordenadora a respeito da obra que representa um dos símbolos da cidade e que foi doada à Prefeitura de Santa Maria. O monumento está localizado no Centro Integrado de Cultura Evandro Behr, podendo ser encontrada em frente à Biblioteca Municipal Henrique Bastide, no Largo da Locomotiva, ao lado do Museu de Arte de Santa Maria (MASM). A réplica da obra também é o troféu Vento Norte, entregue aos filmes premiados e pessoas homenageadas no Festival Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC).

Ana Norogrando destaca que é um privilégio voltar à UFN e conta que, quando foi contatada pela professora Círia, achou interessante trazer esse projeto: “Foi maravilhoso, pois é um prazer estar na Universidade”. A professora Ana também aponta que a proposta da exposição é trazer obras dos anos 1980 e 1990. “É um projeto para mim antigo, mas hoje no contexto em que vivemos está sendo considerado um trabalho contemporâneo. Para minha surpresa uma curadora me procurou e pediu para fazer esta exposição, porém não tenho muitas obras, pois muitas já estão em museus e tem duas desta época que estão expostas na fundação Iberê Camargo. Percebe-se ao resgatar esse trabalho de mais de 30 anos, que hoje tem outro olhar voltado a contemporaneidade”, relata a pesquisadora.

A artista explica que o trabalho que pode ser visto em parte na mostra, foi uma inspiração que surgiu quando ela avistou um pedreiro peneirando areia em uma construção. “Aquela peneira me chamou atenção, então, comecei a fazer maquetes desse trabalho em 1984. Onde iniciei pelo plano com algumas partes em relevo, explorando as tramas e as transparências”, acrescenta. Em sua fala, a artista ressaltou questões que estão ligadas à educação e à censura que os artistas vêm sofrendo com questões de intolerância e preconceito.

professora Ana lecionou na UFN de 1999 a 2005, onde foi uma das idealizadoras e coordenadora do curso de Design e contribuiu para a criação do curso de Arquitetura e Urbanismo. Também integrou o corpo docente do Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e realizou projetos de pesquisa em arte junto às terras e comunidades indígenas Kaingang do Sul do Brasil, na comunidade da Ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre, e pelas Águas da Ria em Aveiro, em Portugal. A artista já realizou diversas exposições individuais e coletivas no país e no exterior, como: a 10ª Bienal do Mercosul, ‘Mensagens de Uma Nova América’, em 2014; Queermuseu, ‘Cartografias da Diferença na Arte Brasileira’, em 2017; no Museu Oscar Niemeyer, ‘Fora das Sombras’, em 2022; na Fundação Iberê Camargo, ‘Trama’, em 2022; e na Galeria Morgados da Pedricosa (Portugal), ‘Coreografia de Sombras’, em 2021.

A Exposição que é proposta pela artista Ana Norogrando, com curadoria da crítica de arte Silvana Boone que é professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A mostra ‘Tessituras Circulares’ resgata o poder e a força das tramas e tecidos produzidos por mulheres ao longo da história. Ela é constituída por objetos escultóricos compostos por estruturas metálicas, que representam movimento e traduzem as mais diversas formas simbólicas que o círculo emana. As obras têm a intenção de apresentar ao público os inúmeros conceitos interdisciplinares que envolvem a materialidade, a sustentabilidade e as relações entre o fazer da mão e das tecnologias.


Visitação da Exposição
Terça-feira, quarta-feira e quinta-feira: das 8h às 11h30m e das 13h30m às 17h30m
Sexta-feira: das 13h30m às 17h30m


Texto: Vitória Oliveira/Estagiária de Jornalismo
Fotos: Fernanda Menezes/Estagiária de Publicidade e Propaganda e Luiza Silveira/Monitora do Laboratório de Fotografia e Memória



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