Mestrando realiza capacitação em primeiros socorros para professores Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
16/04/2021

Aluno do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana, Giovane Souza da Silva, desenvolveu e aplicou uma capacitação de primeiros socorros para todos os professores do ensino fundamental, da rede municipal, da cidade de São Sepé.

A capacitação, que ocorreu em 2019 e 2020, fez parte do seu trabalho de conclusão do Mestrado, que também incluiu a construção de um dispositivo para monitoramento dos sinais vitais de bebês e crianças, cujo registro do depósito de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual já foi realizado.

O aluno coordena o serviço de urgência e emergência da UNIMED, em Santa Maria, onde pode observar a falta de preparo da população em geral para a realização de primeiros socorros. Segundo Giovane, é fundamental que profissionais que trabalham em escolas estejam capacitados, para que possam dar o suporte necessário até a chegada do socorro especializado.

Giovane considera que a escola é um ambiente onde as crianças ficam boa parte do dia, interagindo através de brincadeiras, esportes e demais ações que a expõem a situações de risco. Assim, o aluno classificou como uma atividade muito gratificante, tendo em vista sua atuação frente aos professores escolares.

Conforme dados do Ministério da Saúde, através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), por ano, no Brasil, ocorrem em média 3,6 mil óbitos por acidentes com crianças de até 14 anos e outras 111 mil são hospitalizadas, sendo que muitas situações ocorrem em escolas. Em setembro de 2017, em Limeira, no estado de São Paulo, um menino de 10 anos sofreu um engasgo ao realizar seu lanche, durante um passeio escolar. A ação resultou em sua morte, trazendo à tona a necessidade de qualificação do corpo docente e demais profissionais da saúde.

O caso resultou na criação da Lei nº 13.722, de quatro de outubro de 2018, aprovada pelo congresso e senado brasileiro, posteriormente sancionada pelo Presidente da República, que leva o nome da criança que faleceu engasgada, sendo intitulada como Lei Lucas. A lei tem como princípio tornar obrigatória a capacitação em primeiros socorros por parte dos professores e funcionários de escolas, tanto públicas quanto privadas, incluindo ensino infantil e básico, ocorrendo com uma periodicidade anual.

Os encontros ocorrem de maneira descontraída, onde os participantes realizavam atividades práticas sobre a temática. Para os profissionais da área da educação, os benefícios da capacitação foram o conhecimento prévio das medidas que deverão ser tomadas no caso de acidentes, adquiridos de forma clara, assim como a agilidade na tomada de decisões importantes em momentos de imprevisto.

A Ex-Secretária de Educação, Paula Vicentina Machado, relata que não há como garantir que no espaço escolar não aconteçam acidentes, pois sempre haverá os riscos. Nesse caso, é extremamente importante capacitar os profissionais da educação para que saibam como proceder nessas situações.

“Agradeço de forma muito especial o enfermeiro Giovane, por proporcionar ao município de São Sepé a capacitação com conhecimentos sobre prevenção de acidentes na escola e as condutas a serem tomadas nesses casos”, enfatiza a ex-secretária.

Participaram da banca de defesa de dissertação do aluno as Professoras Maria de Lurdes Lopes de Freitas Lomba, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Tania Solange Bosi de Souza Magnago, da Universidade Federal de Santa Maria e Cláudia Zamberlan, da Universidade Franciscana.

Todas destacaram a relevância do trabalho de intervenção, que correspondeu às capacitações, bem como do produto criado que, segundo elas, tem caráter inovador e aplicabilidade prática.

"Os resultados do trabalho evidenciaram que as capacitações teórico-práticas fizeram toda a diferença para promover conhecimento e autoconfiança para que professores se sintam preparados para realizar primeiros socorros no ambiente escolar. O estudo também verificou a importância de que sejam capacitações continuadas, reforçando o conhecimento ao longo do tempo”, conclui a Professora Orientadora, Bianca Zimmermann dos Santos.


Texto: Emanuely Guterres / Estagiária Jornalismo
Imagem: Divulgação / Mestrado Saúde Materno Infantil


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