03/01/2023
Os recém-nascidos internados na UTI Neonatal do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) passarão a contar neste ano 2023 com mais uma ferramenta para melhoria da qualidade do atendimento prestado: um protocolo assistencial para identificação e manejo da dor neonatal. Através desse produto tecnológico, fruto da dissertação, no Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana (UFN), que pretende padronizar condutas frente a possíveis estímulos álgicos, assim como identificar mais consistentemente a dor do recém-nascido através do uso de escalas da dor.
A ferramenta é uma idealização da, agora, Mestre Silvia Naujorks, sob orientação da professora Patrícia Pasquali Dotto. “A dor do recém-nascido é um tema relativamente recente, sendo estudada pela primeira vez em meados de 1980. Antes disso acreditava-se que o recém-nascido não possuía capacidade de sentir dor, e procedimentos dolorosos eram realizados sem qualquer analgesia. Ainda são poucas as UTI neonatais no Brasil e no mundo que utilizam de escalas da dor e protocolos assistenciais para identificação e manejo da dor do recém-nascido, apesar de ser recomendado pela Academia Americana de Pediatria e pela Sociedade Brasileira de Pediatria”, comenta a orientadora que também destaca a relevância desta produção científica e tecnológica já que o protocolo desenvolvido poderá ser replicado em outras UTI neonatais ou funcionar como subsídio para a construção de outros protocolos sobre o tema.
Impulsionada pelo desejo da equipe do HUSM em contar com um protocolo assistencial nessa temática e para essa população, a Mestre e Neonatologista Silvia Naujork, aplicou um questionário na equipe assistencial de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da UTI Neonatal, afim de entender o grau de conhecimento da equipe sobre a temática, e com base nos resultados pode selecionar as ferramentas mais compatíveis para compor um protótipo de protocolo. Após a construção e contribuições da equipe, o protótipo foi enviado para validação pelo setor de qualidade do HUSM, onde já encontra-se aprovado e aguardando implantação. Além do protocolo, como fruto da pesquisa científica, também teve a publicação, na Revista da Sociedade Brasileira de Pediatria, do artigo ’Analgesia e sedação para intubação intratraqueal no período neonatal: uma revisão integrativa de literatura’.
