Mestrado da UFN têm primeira banca realizada via internet Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
28/02/2019

O Programa de Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida da Universidade Franciscana realizou a primeira banca avaliativa via internet do curso. Isso por que a mestranda Laura Morais Machado teve como uma das escolhas para avaliar seu trabalho o biólogo santa-mariense Guilherme Scotta Hentschke, que realiza seu pós-doutorado na Universidade do Porto, em Portugal. Além dele, participaram da banca a docente da UFN, professora Elisângela Colpo, e a orientadora, professora Natielen Jacques Schuch.

“Esta foi a primeira vez que o curso contou com uma banca composta por alguém de fora do país. Há um consenso entre uma indicação da CAPES e nós professores, para incentivar essa prática, visando a aproximação entre profissionais de renome de outras instituições e os futuros mestres formados pela UFN”, explica o coordenador do Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida, Jovito Adiel Skupien.

A orientadora de Laura, professora Natielen Jacques Schuch, acredita que o contato com professores que atuam em instituições estrangeiras abre portas para futuras oportunidades, pois ao mesmo tempo que possibilita desfazer-se do bairrismo, também incentiva a internacionalização do conhecimento.

A pesquisa de Laura trabalha a “Relação entre estresse oxidativo e depressão em mulheres idosas da cidade de Santa Maria/RS”. O trabalho contou com a participação de 47 mulheres idosas, acima de 60 anos, participantes de um grupo de convivência da cidade.

O tema da dissertação foi uma sugestão da orientadora, que já possuía outras duas pesquisas sobre o estresse oxidativo, mas voltadas a estudos envolvendo a nutrição, que é sua área de formação da docente. Porém, como a Laura é psicóloga, trouxe a proposta de trabalhar com a saúde mental de mulheres idosas.

De acordo com Natielen, o estresse oxidativo é um radical livre, que visa a lesão das células humanas. Estas, segundo ela, são protegidas pelo sistema de defesa do corpo, composto por defesas endógenas, produzidas pelo próprio corpo, provenientes da alimentação.

“Com o decorrer da vida, vão surgindo fatores agressores que aumentam o estresse oxidativo, e isso gera maior produção de defesas. Atualmente, os marcadores desse tipo de estresse estão presentes também em várias outras doenças, principalmente crônicas, como a depressão e a obesidade, que a gente sabe que nesses casos as enzimas estão aumentadas, porque de alguma forma o corpo está sofrendo, e precisa de defender”, explica a professora Natielen.

Laura explicou que, a partir da sua dissertação, pode-se identificar casos onde as pessoas apresentam sintomas de depressão, além de se a doença está a afetar, também, suas células.

E de acordo com os resultados, foi possível identificar que, em mulheres com mais de 70 anos e com renda classificada em D (entre 1 e 3 salários mínimos), os sintomas de depressão eram mais elevados, por conta do estresse oxidativo elevado.

A defesa ocorreu na terça-feira, dia 26 de fevereiro, no Conjunto III da UFN. 


Texto e fotografias: Thayane Rodrigues / Estagiária Jornalismo


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