Licenciaturas criam Núcleo de Formação Pedagógica Integrada Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
29/10/2018



O Curso de Matemática forma profissionais para o mercado de trabalho desde abril de 1958. Considerado um dos maiores formadores de docentes, e também o único curso da região em que o aluno pode fazer, depois de formado, mestrado e doutorado em 10 anos de dedicação.

De acordo com o professor e coordenador do Curso, Clandio Timm Marques, explica a importância da formação de novos docentes. “O professor é uma figura fundamental no desenvolvimento do aluno, tornando-o um cidadão consciente. Para isto é necessário que tenhamos mestres mais preparados para atuar nas escolas. Essas mudanças nos cursos vão possibilitar novos olhares, e ver nos momentos em sala de aula a possibilidade de trabalho em equipe, tornando as suas aulas mais dinâmicas e atrativas na forma de debates e reflexões”.

Clandio considera a integração dos cursos um passo importante para a formação de profissionais mais preparados para lidar com os obstáculos do ambiente de ensino, principalmente público. “A interdisciplinaridade surge como uma ferramenta necessária na formação docente, possibilitando uma visão mais ampla do contexto onde se atua. Desta forma, vai possibilitar ao futuro professor uma visão mais ampla sobre a forma de pensar, não ficando engessado apenas na sua área de formação”.

Uma formação completa

A professora e coordenadora do Curso de Letras, Najara Ferrari Pinheiro, destaca outra mudança na nova matriz integrada, que é a separação dos conteúdos trabalhados ao longo do semestre em núcleos. Dessa forma, os cursos de licenciatura passam a se dividir em um Núcleo de Formação Pedagógica Integrada, onde serão trabalhadas toda a base pedagógica necessária para trabalhar com o ensino, e Núcleo de Formação Específica, onde serão trabalhadas as especificidades de cada área. Até então, esse núcleo comum era trabalhado separadamente, em cada curso, a partir de agora essas disciplinas passam a ser integradas, buscando discussões mais plurais e flexíveis, já que serão permeadas por diversos pontos de vistas distintos.

O Curso de Letras, assim como as demais licenciaturas precisou pensar em como incluir as novas tecnologias da atualidade, e associá-las a conhecimentos clássicos, da formação tradicional. Os alunos do ensino básico de hoje podem não ter tido contato com os clássicos da literatura, mas já leram Harry Potter ou Senhor dos Anéis, que tem relação com a literatura gótica, dessa maneira, os docentes precisam fazer essa aproximação.

Outra alteração pensada para a nova matriz foi a necessidade de se trabalhar e entender o contexto, além do texto escrito. Por exemplo, a Literatura Brasileira, se torna Literatura Portuguesa, e vai englobar a língua africana, portuguesa e a brasileira. “Hoje os livros transitam e tu e tens acesso a eles via web por um preço razoável, então nós não podemos pensar na supremacia de uma literatura, e uma noção de língua. O ensino de letras se transforma nessa perspectiva, de não abandonar o que já se faz, mas renovar, atualizar, e manter o que é importante, como a concepção clássica, relações sintáticas, coerência e a coesão”.

Thayane Rodrigues – estagiária jornalismo




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