Evolução de pacientes e aprendizagem dos acadêmicos são destaques do NAC Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
23/11/2021



O projeto idealizado por professores do curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana (UFN), o Núcleo de Atendimento Pós-Covid (NAC), criado devido à alta demanda de pacientes que permanecem com comprometimentos ocasionados pela Covid-19, já soma mais de 500 atendimentos em seu quarto mês de funcionamento. As consultas são feitas de forma gratuita nas três salas de atendimento e uma de triagem no Centro de Diagnóstico Nossa Senhora do Rosário (Cedas), localizado na Rua Serafim Valandro, nº 400.

O professor e fisioterapeuta João Rafael Sauzem Machado, um dos idealizadores do NAC ressalta que a implantação do Núcleo foi de extrema importância porque o curso sempre teve em mente a ampliação da capacidade técnica dos estudantes, para que sempre estivessem preparados para enfrentar novas realidades profissionais. “Os frutos que o Núcleo está colhendo hoje, são benefício para o nosso aluno, que está se aprimorando do ponto de vista técnico e está se colocando frente a esse desafio. E o nosso paciente também está se beneficiando ao receber um atendimento de qualidade, notamos isso nas falas dos pacientes, eles vêm nos relatando que se não fosse pelo atendimento que fornecemos aqui, muitos não teriam condições de continuar tocando suas vidas”, acrescenta o professor.


Para a paciente Andreia Müller, 40 anos, doméstica, os atendimentos gratuitos proporcionados pelo NAC se tornaram essenciais para a sua recuperação, já que ela precisa lidar com problemas respiratórios que ficaram de sequelas devido à doença: “Tive a Covid-19 este ano e no primeiro momento não precisei de ir ao hospital, fiquei só de quarentena em casa. Só que depois comecei a me sentir ruim, muito cansada. E foi quando vi na televisão que tinha este tipo de atendimento aqui em Santa Maria, me informei como funcionava e vim. Tou fazendo as sessões há três meses, vindo duas vezes por semana, e já me sinto melhor sim. Agora já estou cansando menos e as dores que eu tinha no pulmão e que dificultavam hora de respirar, já diminuíram bastante”. Andreia enfatiza que se não fosse a oportunidade de receber este tratamento sem custo não teria como se recuperar, já que seu encaminhamento foi feito através de seu médico, via Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o acadêmico do 10º semestre, Lucas Frasson, acredita que o maior aprendizado da experiência do NAC é algo que vem sendo reforçado durante a graduação, a abordagem mais individualizada: “Conversamos muito sobre fazer um atendimento mais centrado no paciente para que seja feito de forma mais humanizada e assim também avaliando os diferentes aspectos acometidos pela Covid, que são os fatores físicos, psicológicos e sociais. Entender isso ajuda muito na evolução do tratamento e também ao enfrentamento dessa nova patologia, que é um novo desafio para a profissão e acaba nos preparando para o mercado de trabalho”.

Os atendimentos evidenciam a individualidade de cada paciente e os protocolos de atendimentos para cada um são traçados com toda atenção. Além disso, os estudantes conseguem ter a vivência dos atendimentos, identificar e ver a evolução de cada paciente, além de proporcionar comprometimento e vínculo humano que automaticamente se estabelece. Os horários de atendimentos pela manhã são de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e pelo turno da tarde nas segundas e quintas-feiras, da 13h30min às 16h15min. Os agendamentos são feitos pelo SUS, via Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo a Coordenadora do curso de Fisioterapia, Lilian Oliveira, o crescimento dos acadêmicos durante o processo de criação e atenção, é realmente inegável. “Os nossos alunos têm conseguido explorar essas questões do conhecimento acerca do condicionamento cardiopulmonar, condicionamento físico, do condicionamento frente à fadiga, dentre tantas outras questões que envolvem o paciente com comprometimento pós-Covid. E automaticamente, o nosso aluno vem conseguindo fazer essa relação da teoria com a vivência prática com o paciente”, comenta professora.


Texto: Lucas Acosta/Estagiário de Jornalismo
Fotos: Márcia Pilar/Jornalista da UFN



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