Ensino humanista como norteador da formação na Universidade Católica Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
22/08/2022

Foi desenvolvendo os conceitos de valorização e respeito às liberdades, à diversidade religiosa e à pluralidade cultural que caracterizam a sociedade atual que o professor, pesquisador e padre José Abel de Sousa guiou sua palestra sobre ‘Humanismo Integral e o papel da Universidade Católica’ realizada na sexta-feira (19), durante a Aula Inaugural do XXVI Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). A plateia formada por docentes e estudantes da Graduação e Pós-graduação, que lotou o Salão de Atos do Prédio 1, também pode ouvir indicações de como a Universidade Católica pode enfrentar os desafios da contemporaneidade a partir dos valores provenientes do Evangelho de Jesus Cristo.

Autor do livro ‘UNIVERSIDADE EM SAÍDA: Identidade e missão à luz do humanismo integral’, que o Pe. José Abel de Sousa é doutor em Teologia Pastoral pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e mestre em Licenza pela Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG). Atualmente é professor de ‘Cristianismo e Bíblia da Cultura Religiosa’ e coordenador da Pastoral na PUC-Rio, com experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Bíblica e Sistemática.

“Um dos trabalhos que temos que desenvolver em uma Universidade Católica através do Humanismo Integral é o desenvolvimento das inteligências múltiplas num universo em que é supervalorizado a Inteligência Racional. As empresas, na hora de contratar, focam no QI (Quociente de Inteligência) mas esquecem que, no dia a dia do trabalho, o que pesa é a Inteligência Emocional já que as maiores dificuldades são as de relacionamento. E ainda existe, entre outras, a Inteligência Espiritual que não é religiosa”, contextualizou o Pe. José Abel de Sousa quanto ao papel da Universidade Católica na formação profissional e humanista do futuro profissional.

De acordo com o palestrante, o Humanismo Integral é um conceito proveniente de uma obra com o mesmo título de autoria do pensador francês Jacques Maritain, publicada no ano de 1936, com grande repercussão nos meios cristãos, notadamente os católicos. Seguindo-se estas orientações aplicadas ao ambiente escolar e, neste caso à Universidade Católica, têm-se como preceito o desafio de proporcionar a liberdade acadêmica e a autonomia universitária. Ele ainda apontou os conceitos de Instituições de Ensino Superior públicas/estatais, privadas e comunitárias, em que se encontra o contexto da Universidade Católica e levantou o questionamento de “Como evangelizar em um ambiente que não é de maioria católica?”. Dessa forma, José Abel de Sousa reiterou a responsabilidade de uma educação humanista que ensinar sem catequisar, mas sim arraigada aos ensinamentos da fé enquanto formadora de caráter ético, justo e humanizado.

A tônica da palestra também permeou o discurso do Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, professor Marcos Alexandre Alves, como de especial relevância para todas as Universidades, em especial, para a UFN, enquanto Universidade confessional: “Sobre esse tema o Papa Francisco tem orientado, por meio de seus escritos, que a investigação científica precisa, dentro de uma instituição de ensino católica, estar direta ou indiretamente ligada à missão evangelizado da Igreja, ou seja, promover o humanismo integral que consta em dar conta de todas as dimensões do ser humano”. O Pró-reitor também evidenciou que o percurso formativo da UFN já caminha nesta direção, em todos os seus aspectos.

“Para nós está claro, como Universidade, que o saber e o conhecimento são objetos essenciais. Não se passa pela Universidade apenas para conquistar um diploma, mas para fazer deste conhecimento uma transformação. Há um processo pessoal de todos nós, seja professor, estudante ou colaborador, mas há um trabalho coletivo que precisa ser feito e este propósito coletivo é que vai nos encorajar e engrandecer. Sozinho ninguém faz nada, para isso temos que nos unir dialogicamente”, explanou a Reitora, professora Iraní Rupolo, ao tratar de como a UFN está adequada ao novo pensar da educação que se atrela às discussões criadas em sala de aula, ao movimento de ideias provocado pelas pesquisas ou nos encontros entre professores e alunos que não são de todo conteudistas, mas também de construção de valores.

XXVI Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE)

Com o tema 'EDUCAÇÃO E CIÊNCIA: CAMINHOS COMPARTILHADOS', o SEPE está com inscrições abertas até o dia 20 de outubro, neste link. Já as inscrições para a submissão de trabalhos devem ser realizadas através deste link até o dia 28 de setembro. Vale lembrar que os trabalhos, resumo e completo, são submetidos de acordo com os seguintes EIXOS TEMÁTICOS: Atenção Integral e Promoção à Saúde, Educação, Cultura e Comunicação, Direitos, Políticas Públicas e Diversidade, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, Patrimônio Cultural e Economia Criativa, Sociedade e Ambiente e Iniciação Científica Júnior.




Texto e Fotos: Márcia Pilar/Jornalista


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