Docentes da UFN são destaque em pesquisa de nanomateriais de carbono Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
23/04/2019

O artigo científico elaborado em conjunto com a vice-reitora da UFN, professora Solange Binotto Fagan, foi publicado na revista Brazilian Journal of Physics, e recebeu destaque devido ao tema de pesquisa.

O estudo conta a história das origens da rede de pesquisa em nanotubos de carbono e grafeno, desde os anos 90, analisando em detalhe sua expansão nos últimos 20 anos.

O artigo History and National Initiatives of Carbon Nanotube and Graphene Research in Brazil aborda as principais iniciativas de grupos de pesquisa, a partir de um contexto de evolução, dispondo de dados sobre o aumento do número de pesquisadores, colaborações nacionais e internacionais, bem como do aumento da quantidade e do impacto de sua produção científica.

Os autores do estudo são a Dr. Solange Binotto Fagan, a Dr. Laura Geracitano, também da UFN, e Marcos Pimenta, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No artigo, eles destacam a influência da física norte-americana Mildred Dresselhaus, que foi uma das pioneiras na pesquisa em nanomateriais de carbono.

Entre o fim da década de 90 e início dos anos 2000, Dresselhaus recebeu uma série de estudantes brasileiros de doutorado e pós-doutorado em seu laboratório, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

Logo após seu retorno ao Brasil, os orientandos de Dresselhaus colaboraram na criação de diversos grupos de pesquisa no país, realizando estudos experimentais e teóricos.

Segundo a pesquisa, em 2004 originou-se a rede de pesquisas brasileira de nanomateriais de carbono, coordenada pelo professor Marcos Pimenta (UFMG), que envolveu diversas IES e pesquisadores do país.

O objetivo dessa rede era agregar pesquisas teóricas e experimentais com diferentes metodologias. Esse trabalho originou diversas publicações conjuntas, e levou a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono (INCT-CN), apoiado pelo CNPq e pela FAPEMIG, em 2009.

Com 10 anos em vigência, o Instituto conta hoje com mais de 100 pesquisadores trabalhando em 25 instituições, que incluem universidades, institutos e empresas de nove estados brasileiros. 

De acordo com a análise cientométrica apresentada no artigo, entre os anos de 1998 e 2018, os pesquisadores de nanomateriais de carbono no Brasil produziram um total de 730 artigos científicos, com mais de 33.800 citações – cada artigo com um número médio de 46 citações. Essa análise mostrou a evolução dos grupos de pesquisa e também das atividades em colaboração. 

“A evolução nos últimos 10 anos demonstra a criação e permanência de grupos de pesquisa em diferentes regiões do Brasil, estabelecendo diversas conexões de pesquisa entre os grupos que trabalharam com o tema, tão importante para o desenvolvimento e a inovação brasileira”, afirma Solange.

O mais recente avanço da rede de pesquisa foi a inauguração de uma sede para Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno, o CTNano, da UFMG, com o objetivo de transpor a barreira entre a produção científica produzida nas universidades, e sua aplicação tecnológica nas empresas.

“Esse é um grande desejo e também um grande um fato produzido a partir de todas as pesquisas dos cientistas ligados ao Instituto, desde sua criação, e que hoje tem esse sonho concreto e realizado, com a criação desse Centro”, avalia Solange.



*Com informações da Assessoria de Comunicação da SBF


divulgar@ufn.edu.br | 3220 1200 - Ramal 1296
Acesse - Comunicação