Docente e egressos de Arquitetura da UFN conquistam 1º lugar em concurso nacional Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
07/03/2019

Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Franciscana é premiado vencedor de concurso nacional que escolheu o projeto arquitetônico para o Centro Administrativo da cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. A equipe do EArquitetos, liderada pelo professor Estevan Barin, é composta por dois egressos e uma estagiária da IES, onde todos foram seus alunos. O concurso premiou o 1º colocado com o valor de R$ 125mil.

Estevan atua como docente na Instituição há 11 anos, e relata que compôs a sua equipe baseado na competência e talento de cada um. O EArquitetos é composto por 4 integrantes, Bruno Cassol e Jenifer Vescia, egressos da UFN, que trabalham juntos há aproximadamente sete anos. O grupo ainda conta com a estagiária do curso de Arquitetura, Thaís Saccol.

O projeto arquitetônico possui dimensões equivalentes à 14 campos de futebol. São 100 mil metros quadrados, onde destes, 35 mil são de área construída, composta pelo prédio, e 35 mil metros serão destinados para o estacionamento, que deve ter capacidade para 1.300 carros. O restante do espaço será compreendido pela parte urbana, que compreende ruas, calçadas, ciclovias, pontos de ônibus, área verde e espaços de convivência.

“Nós trabalhamos com licitações de grande porte boa parte do ano, então já tínhamos um know-how e uma expertise nesse tipo de trabalho. Nosso diferencial foi construir um prédio para o servidor trabalhar bem, ter boa iluminação, ventilação, visuais, e é também para o público não se estressar ainda mais com a burocracia, pois nos inspiramos nas estruturas do poupa tempo, já que é sabido que para a pessoa se dirigir até a prefeitura, ela deve precisar lidar com assuntos que já são, por si só, pesados, então a gente quer evitar mais estresse com a arquitetura”, explica o professor e autor do projeto, Estevan Barin.

A estrutura do prédio conta com espaços que foram pensados para serem aproveitados pela população. O ambiente também contará com um espaço corporativo para a realização de eventos, com um auditório com capacidade para receber 500 pessoas. Todos estes espaços poderão ser aproveitados independentemente de a prefeitura estar funcionando, ou não.

“Nós nos preocupamos com todos os lados da estrutura, incluindo o lado do estacionamento do prédio. A construção é icônica, ela aparece, e é diferente do tecido urbano, está fora das edificações que a gente costuma ver nas nossas cidades, ela é destaque propositalmente”, destaca Estevan.

A equipe ficou sabendo do concurso através de sites especializados, e levou aproximadamente três meses para elaborar o projeto. O resultado foi divulgado 20 dias após a entrega das plantas. Foram 94 equipes inscritas, e dessas, 21 grupos enviaram propostas para o Centro Administrativo. Ao total, o concurso contou com a participação de 900 profissionais de todo o país. 

“O que diferencia o nosso projeto dos demais colocados é que ele foi feito para os 700 mil habitantes da cidade, e não somente para o funcionário que lá trabalha. Ele foi feito para o público de Ribeirão, que é o triplo de Santa Maria. Nós não estávamos muito preocupados com o prédio, mas com o que a população poderia fazer ali”, ressalta Estevan.

Além de abrigar o Centro Administrativo, o espaço também pretende se estabelecer como um centro cívico, oferecendo ambientes para a realização de manifestações, eventos pontuais, como celebrações de natal e posses. A área verde também poderá ser utilizada para a realização de feiras de artesanato, onde a comunidade poderá expor e vender suas produções, e também feiras de ciência e tecnologia. 

“Foi extremamente prazeroso ter recebido esse prêmio, pois prova que independente de onde a gente seja, ou do número de pessoas na equipe, se o grupo é composto por profissionais talentosos e com habilidade para tal, a gente pode. Nós somos de Santa Maria, Santa Rosa, Dona Francisca, e ganhamos de nomes que admiramos. É um fato que tem se repetido. Isso é bom para aluno na academia e o jovem arquiteto, para que ele saiba que é possível estar em qualquer lugar do mundo, se ele tiver talento e exercitar essa habilidade, vai surtir resultado”, incentiva o docente.

A partir de agora, o grupo de arquitetos realiza a parte de desenvolvimento e detalhamento executivo do projeto, cuja expectativa de finalização são de, pelo menos, três anos. Após esse momento, o EArquitetos também deve acompanhar o processo de construção do prédio. 



Texto: Thayane Rodrigues / Estagiária Jornalismo 
Imagens: João Camargo, F. L. Piton e EArquitetos / divulgação


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