Debate interdisciplinar discute a criação de tecnologias em Saúde Materno-Infantil Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
23/08/2019

Texto: Thayane Rodrigues / Estagiária Jornalismo
Imagens: Mark Braunstein / Fotógrafo

Professoras e alunas do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana se reuniram com professores dos cursos das graduações da área tecnológica para um debate interdisciplinar.

O objetivo da reunião foi tratar sobre o desenvolvimento de tecnologias em saúde materno infantil. A ideia é que para os próximos trabalhos resultantes da tese do mestrado profissional, sejam pensados produtos para além da aplicação local, bem como também haja a integração entre cursos e saberes.

Estiveram presentes no debate os professores Mirkos Ortiz Martins, do curso de Sistemas de Informação, Daniele Dickow Ellwanger, do curso de Design, Luiz Fernando Rodrigues Junior, do curso de Engenharia Biomédica, e Matheus Camargo, gestor do Ambiente de Inovação da UFN. A conversa, que ocorreu na quinta-feira, 22 de agosto, iniciou com a apresentação do mestrado e das produções realizadas até então.

Aproveitando que a pós-graduação objetiva que os acadêmicos ampliem seus horizontes ao proporem um produto de pesquisa, Matheus Camargo, do Ambiente de Inovação relata que o espaço está buscando ampliar suas atividades, realizando o papel de interlocutor entre a comunidade e as empresas.

“O nosso objetivo é transformar o paper acadêmico em PIB, nota fiscal, e consequentemente, desenvolvimento econômico. Para isso, estamos trabalhando com a ideia de aflorar o espírito empreendedor enquanto um comportamento, uma atitude”, explica.

Para reforçar a proposta, o docente Mirkos Ortiz lembrou da importância de tornar o conhecimento científico em produtos que possam ser aplicados dentro da comunidade em que são desenvolvidos.




“Para isso, no entanto, é necessário encontrar pessoas que sejam capacitadas para realizar esse trabalho, ocasionando na união entre “pessoas científicas e pessoas do mercado”. Essa conversa deve funcionar como uma via de mão dupla, mostrando o que se produz e ouvindo as necessidades locais para pensar em novos projetos”, afirma.

O professor Luiz Fernando sugeriu uma mudança na forma de pensar o destino dos produtos de pesquisa, pois segundo ele, se este pode ser aplicado para uma Unidade Básica de Saúde de determinada cidade, pode também servir para todas as outras.

“É necessário ter uma visão de produto comercial, documentar esses processos, fazer registros e patenteá-los. O Rio Grande do Sul encontra-se estagnado pois não possui produção intelectual, há muito conhecimento, mas este não vira produto. Logo, é preciso criar essa cultura de pensar além”, ressalta.

Em relação ao processo de tornar o projeto em um protótipo, Daniele Dickow afirmou que é um trabalho difícil e que requer boas parcerias e muita resiliência. Aproveitando o momento de troca de opiniões e sugestões, a docente lembrou também que o curso de design tem o objetivo de materializar ideias, sejam produtos físicos ou gráficos. 

A coordenadora do Mestrado, professora Dirce Stein Backes explicou que a CAPES exige a integração como parte dos projetos de pesquisa, visando ressaltar a importância da troca de saberes entre os cursos.

“É muito bom saber que os alunos das tecnológicas tem essa vontade de colocar a mão na massa, porque nós do mestrado temos muitas ideais. Sabendo disso, é uma vontade nossa de reforçar já desde o primeiro semestre, na disciplina de empreendedorismo, a integração como parte da pesquisa, pois o resultado será benéfico para todos os envolvidos”, observa. 


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