Cursos da UFN criam prótese 3D para paciente Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
26/01/2021

Os cursos de Engenharia Biomédica e Terapia Ocupacional da Universidade Franciscana se uniram para desenvolver uma prótese em três dimensões para um menino que, aos 7 anos, sofreu um acidente que o fez perder a mão direita.

Depois do episódio, a família de Felipe Eduardo Scherer, de Vale do Sol, começou um tratamento de reabilitação na clínica-escola de Terapia Ocupacional da UFN, onde nasceu a ideia de projetar uma prótese para melhorar a qualidade de vida do paciente.

De acordo com a terapeuta ocupacional Fabiani Gonzaga Noronha, que realizou o acompanhamento do paciente enquanto acadêmica do curso da UFN, quando iniciou os atendimentos com o Felipe, em agosto de 2018, no Laboratório de Terapia Ocupacional, já havia iniciado o projeto da sua prótese. Logo, foram iniciados atendimentos terapêuticos ocupacionais a fim de propiciar a dessensibilizarão do coto, auxiliar o uso do coto em atividades bimanuais, estimular a amplitude e força muscular e orientação aos familiares.

De acordo com ela, as propostas terapêuticas ocupacionais tinham por objetivo possibilitar a sua independência na realização das atividades de vida diária e instrumentais de vida diária, bem como, a preparação para a protetização.

A coordenadora do curso de Terapia Ocupacional, Carine Baldissera de Grandi, ressaltou a importância da profissão para a reabilitação de pacientes: “Neste caso específico, foram utilizados recursos terapêuticos que propiciaram a preparação do coto, para a realização das atividades do dia a dia do paciente. Isso tudo pensando no bem-estar do paciente, que passa a realizar ações de autocuidado, alimentação, vestuário, trocas posturais, e entre outras, minimizando assim a co-dependência”, explicou a docente.

Em termos de criação da prótese, quem ficou responsável pelo projeto foi a professora Maria Isabel Orselli, do curso de Engenharia Biomédica da UFN. Ela atua diretamente com as áreas de biomecânica e engenharia de bioadaptação e trabalhou, nestes três anos, em parceria com estudantes e egressos da UFN, integrantes do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria – CTISM e o grupo Mão 3D, de São Paulo.

De acordo com a docente, a prótese tem um modelo aberto, que pode ser baixado da internet. Para adaptar ao paciente em questão, foram feitos alguns ajustes e modificações em prol do conforto de Felipe.


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“Dentro da engenharia biomédica temos a área de engenharia de reabilitação. Uma das atuações dos engenheiros que atuam nessa área é desenvolver tecnologias assistivas, que promovem a melhora da qualidade de vida do paciente, ou seja, desenvolvendo dispositivos que tornem as pessoas mais independentes e mais autônomas. E a impressora 3D ajuda muito nesse sentido. É um equipamento bastante importante para a Engenharia de uma forma geral”, afirmou Maria Isabel.

O coordenador do curso de Engenharia Biomédica, professor Luiz Fernando Rodrigues, que acompanhou e apoiou todo o processo, ressaltou que, como o paciente está em fase de crescimento, haverá todo o acompanhamento do menino, para que sejam feitos ajustes na medida em que estes forem necessários, para a comodidade do paciente.


Texto: Carolina Busatto Teixeira / Jornalista UFN 
Imagens: UFN TV


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