Alunos do curso de Física Médica participam do controle de qualidade dos serviços de radiodiagnóstico em hospitais de Santa Maria e região Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
22/08/2016
Ter total certeza que a graduação escolhida realmente é a desejada não é privilégio de muitos. O que pode ajudar é conhecer o curso na prática logo no começo das atividades. Esse é um dos objetivos de um projeto do Curso de Física Médica do Centro Universitário Franciscano, que mantém convênio com hospitais de Santa Maria e região para a atuação de acadêmicos que estão começando a graduação. Nas instituições de saúde, eles participam da gestão da qualidade dos serviços de radiodiagnóstico. 

“Apresentamos um dos campos de atuação do físico médico que ainda não é muito claro para todos. Desta forma, estamos motivando os acadêmicos desde o início para um melhor entendimento das futuras atribuições na especialidade de radiodiagnóstico”, explica o professor Valnir de Paula.

O projeto começou a ser desenvolvido no primeiro semestre de 2015, com preparações teóricas em sala de aula. No semestre seguinte é que foram elaborados roteiros de atividades, que envolveram, entre outros, a verificação dos índices de exposição das imagens radiológicas e implementação de testes de controle da qualidade nos setores de radiologia hospitalar. Assim, os hospitais podem ser alertados sobre o uso adequado das radiações na obtenção de exames diagnósticos, podendo contribuir para uma melhora no atendimento e na qualidade destes serviços.
“Passamos a nos interessar mais pela rotina do profissional e perceber o curso na prática”, relata a acadêmica Luiza Goulart, 22 anos.

Para Martin Feldmann, 19 anos, aluno do 3º semestre, o importante está em levar para a sala de aula o que é aprendido no projeto. “Muita coisa que vimos nos hospitais acabamos discutindo em sala de aula e, ao retornar para o projeto, já vamos tendo mais embasamento para realizar o trabalho”, explica.

Segundo a Associação Brasileira de Física Médica, a área de radioterapia, outra especialidade da profissão, é um campo promissor, pois não existem muitos profissionais no mercado devido à elevada demanda de serviço em medicina nuclear no Brasil. Com o aumento dos casos de câncer, o governo federal está adquirindo aceleradores lineares, que são os equipamentos emissores de radiação utilizados nos diversos tratamentos. Por isso, a tendência é que aumente ainda mais a procura por físicos médicos no país.

Áreas de atuação:
- Radioterapia: tratamento em que são usadas radiações ionizantes para eliminar total ou parcialmente as células de um tumor. Os profissionais atuam no cálculo da dose de radiação que o paciente vai receber para cada tipo de tratamento  
- Radiodiagnóstico: envolve exames por imagem, principalmente os que utilizam a radiação. O principal objetivo é garantir que as imagens sejam obtidas com alta qualidade e com a menor dose possível de radiação. Também atua no controle de qualidade de equipamentos médicos, garantindo o correto funcionamento 
- Medicina nuclear: área da parte médica que trata de exames fisiológicos, com uso de materiais radioativos de baixa dose, associado a fármacos que são administrados no paciente e permitem evidenciar patologias, como tumores isquemias cardíacas e outras anomalias funcionais. O físico médico atua na garantia da qualidade dos procedimentos, efetuando testes que asseguram a aplicação otimizada de radiofármacos e dos equipamentos


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