O projeto [com]VIDA realizou uma ação voltada ao público infantil nos meses de setembro e outubro de 2020. Crianças foram convidadas a explicar conceitos relacionados à cidade e, a partir da participação dos pequenos e suas percepções, foi possível formar um melhor entendimento do espaço urbano.

A ação foi nomeada como Brinca na Cidade, com o objetivo de pesquisar ferramentas e metodologias para aproximar as crianças da cidade. A ação está integrada ao [com]VIDA e é resultado do início dos trabalhos de um Projeto de Extensão - PROBEX, que agrega os Cursos de Arquitetura e Urbanismo e Pedagogia da Universidade Franciscana.

Foi perguntado às crianças o que é “cidade”, “calçada” e “praça” e foi possível obter diversas respostas, tendo suas diferenças e perspectivas. Como por exemplo:

- “Rua é um lugar onde os carros passam e onde o meu pai anda de bicicleta… e onde todo mundo anda de bicicleta né?! E calçada é onde as pessoas podem passar com segurança! ”, disse Lucas, de 9 anos.
- “Praça é onde as pessoas correm, fazem ginástica, as crianças brincam, fazem esporte… essas coisas assim”, respondeu Mariana, de 8 anos.

A acadêmica de Arquitetura e Urbanismo e bolsista do PROBEX, Melina Nogueira, explica que a primeira ação ocorreu no dia 7 de setembro, gerando 64 respostas até o dia 12 de outubro, dia do encerramento da primeira parte do projeto.

A partir dos resultados da ação realizada, a acadêmica relata que foi possível perceber o entendimento por parte das crianças em relação a alguns conceitos ligados ao espaço urbano. “Fica claro, por exemplo, que a maioria associa a rua a um espaço perigoso, destinado predominantemente para carros. Elas entendem que o espaço da cidade relacionado ao lazer é a praça, que a cidade é feita para ser habitada pelas pessoas e que a calçada é um local seguro para pedestres”, ressaltou a estudante.

Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo e orientadora PROBEX, Juliana Guma enfatiza que a oportunidade de realizar este projeto aproximando as crianças da temática da cidade é enriquecedor e necessário. “Por enquanto, o isolamento social nos direcionou a buscar interações virtuais como nessa primeira ação, o que foi interessante pois envolveu no processo os cuidadores das crianças que fizeram a interlocução entre as nossas perguntas e as reações e respostas dos pequenos”, comenta a professora.

O grupo ainda obteve feedbacks de pais e mães que se comprometeram a abordar essas temáticas de forma mais clara em casa e enquanto circulam pelo espaço urbano. O projeto seguirá com ações da mesma temática que sempre serão divulgadas nas redes sociais do Projeto [com]VIDA e com a esperança de que no próximo semestre seja possível interagir com as crianças nas ruas, nas calçadas e nas praças da cidade.