Bruna Sinhori
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Durante a academia, Bruna Salamoni Sinhori, optou pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do então Centro Universitário Franciscano, como primeira graduação, onde estudou por dois anos. Quase no meio do curso, Bruna percebeu que precisa de um maior contato humano em seu campo profissional. Foi quando decidiu trocar a área das tecnológicas pela da saúde, mais especificamente, pelo curso de Odontologia. Atualmente, a dentista brinca que trabalha como a “arquiteta do sorriso”.

Bruna formou-se em 2012, e desde então, a egressa tem se dedicado a aprofundar seus conhecimentos na área da “Dentística”, que trata da estética dentro da odontologia. Ela é especializada em Dentística pela Associação Brasileira dos Cirurgiões Dentistas, mestre e também doutora em Odontologia, com ênfase em Dentística Restauradora pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Ao longo de sua graduação, Bruna trabalhou como “modelo fotográfica” para conseguir pagar pelos materiais utilizados durante as aulas, e também atuou docente de fotografia por dois anos. 

Buscando sempre fazer o que gosta, e unir suas paixões, atualmente a dentista está mais focada em atendimentos no consultório, e na elaboração de seus cursos de curta e média duração, para poder se manter mais tempo na cidade. Nessa breve entrevista, Bruna Sinhori, compartilhou um pouco de suas lembranças e motivações do tempo universitário. 

De onde surgiu a decisão de trocar a Arquitetura e Urbanismo pela Odontologia?

R: Eu sempre senti a necessidade de ajudar o próximo, fazer o bem, e de alguma forma, fazer a diferença na vida delas. Foi aí que eu decidi que iria mudar para a área da saúde, e entre Medicina e a Odontologia, optei pela segunda opção, devido ao contato que tive com outros profissionais da área, que me permitiram acompanhar as suas rotinas, e me fizeram me apaixonar pela Odontologia. Foi ali que tive a certeza de que era o que eu queria fazer, por ser um curso em que eu poderia melhorar a qualidade de vida dos meus pacientes, ajudando essas pessoas a não sofrerem mais com dores.

                   

“Eu conversava muito com meus professores, e todos me diziam que para saber mais, era necessário estudar mais, e uma forma de conseguir encontrar meu caminho era o mestrado, eles me incentivaram a seguir estudando".

E por que a UFN?

R: Desde que eu entrei no curso de Arquitetura, foi uma instituição onde eu me senti muito acolhida. Eu adorava ir na biblioteca, ficar horas lá estudando, me sentia muito bem dentro da Instituição. Tive a oportunidade de fazer minha graduação na UFN, e me orgulho muito de ter feito parte dela, por isso, até hoje, onde eu posso eu levo o nome, e falo muito bem, porque eu tive uma formação muito boa lá dentro. Quando eu resolvi trocar de curso, era a última semana de inscrições para o vestibular, acabei fazendo a prova apenas na UFN, não procurei nenhum outro lugar pois já gostava muito daqui.

Quando foi que você encontrou a sua área de atuação dentro do curso de Odontologia?

R: Durante a graduação, na disciplina de dentística, naquele momento eu tive certeza de que era aquilo que eu queria na minha vida. Me apaixonei de um jeito que me sentia muito leve dentro dessa área, e aí eu acabei entrando em contato com os professores para participar do programa de monitoria, e acompanhar outros alunos que estavam cursando disciplinas que eu já tinha sido aprovada, e de alguma forma auxiliá-los a aprofundar os seus conhecimentos. Ali eu aprendi um pouco mais sobre a parte prática da dentística, e também conheci o lado docente, de ser professor e ensinar, que foi algo que me cativou muito também.

Como surgiu a oportunidade de associar o teu gosto pela fotografia com a prática dentística?

R: Eu sou filha de pais que não tinham condições de bancar uma faculdade de alto custo, mais os materiais, foi então que surgiu a oportunidade de eu trabalhar como modelo durante a graduação. Essa minha relação com a estética vem desde a arquitetura, com mudanças de forma, cores, gosto muito desse lado, e hoje eu trabalho com a dentística, que é a parte que vai mudar os dentes da frente do paciente durante o sorriso, e isso muda completamente a estética, então acho que tudo tem uma relação. No mestrado, a gente não podia utilizar fotos de banco de dados, era preciso ter material autoral para a construção das aulas, que precisavam ser bem visuais, para facilitar o entendimento. Foi então que eu investi em uma câmera, e comecei a aprimorar essa paixão que sempre tive pela fotografia. Hoje eu também dou aula de fotografia para casos de pacientes.

Quanto a tua experiência como docente, como tu avalia essa oportunidade?

R: A docência foi um presente para mim, pois depois do mestrado, eu não tinha certeza se faria o doutorado. Sempre vi como uma grande responsabilidade tu passar o conhecimento para pessoas que estão ali construindo uma noção sobre o assunto. O professor tem que saber orientar esse aluno, inspirá-lo para que não se frustre, algo que meus professores sempre fizeram por mim, eles me ensinaram a amar a profissão, e eu tinha medo de não conseguir passar esse mesmo sentimento aos meus alunos. Mas acabei fazendo a seleção e fui selecionada para o doutorado, e já no primeiro ano, tive a oportunidade de lecionar em uma instituição em Lages, onde fiquei por um ano. Na reta final do doutorado, trabalhei também na Universidade de Caxias do Sul. Foi uma experiência docente muito boa, onde procurei mostrar que a dentística é linda e fácil de fazer.


“Que aconselhar que os atuais acadêmicos participem dos cursos de extensão, os fóruns, e todos os eventos acadêmicos em que eles possam levar trabalhos científicos, e que aproveitem e se inspirem nos professores”.


E se você pudesse deixar um recado para quem está entrando agora na graduação, qual seria?

R: Eu diria para que eles aproveitem a Instituição, que é excelente, e aproveitem também todos os benefícios que são disponibilizados aos alunos. Que participem dos cursos de extensão, os fóruns, e todos os eventos acadêmicos em que eles possam levar trabalhos científicos, e que aproveitem e se inspirem nos professores. O aluno que tem interesse, ele vai muito longe, pois ele vai aprender muito além do que o que é ensinado em sala de aula, basta ter vontade. E que eles descubram que a odontologia é uma profissão bonita, o quanto ela pode tocar a vida dos pacientes, e o quanto isso pode ser benéfico para eles enquanto futuros profissionais.

Quais são as suas lembranças favoritas da graduação?

R: Tenho professores que lembro com muito carinho, eles me influenciaram muito, pois sempre foram pessoas muito humanas, queridas e receptivas. A professora Patricia Dotto, com quem tive contato nas disciplinas iniciais, e o professor Carlos Balbinot, que sempre me ajudou muito, até mesmo durante o meu mestrado que fiz em outro Estado, ele me orientou, e também foi minha banca. Eu tinha vontade de ser como os meus professores eram, admirava muito o quanto eles tinham conhecimento do assunto. Eu conversava muito com eles, e todos me diziam que para saber mais, era necessário estudar mais, e uma forma de conseguir encontrar meu caminho era o mestrado, eles me incentivaram a seguir estudando.