Psicologia reflete temática negra Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
13/06/2018

O Curso de Psicologia da Universidade Franciscana promoveu um evento preparatório para o XVII Encontro Regional Sul da Associação Brasileira de Psicologia Social, ABRAPSO.

Com o tema “Colonialidades em Preto e Branco: experiências acadêmicas e profissionais de negros em Santa Maria”, a atividade teve o objetivo de fomentar na comunidade acadêmica e profissional, a discussão sobre os cenários vivenciados por negras e negros em Santa Maria e como tais questões tencionam o campo da Psicologia Social.

O evento contou com a presença de acadêmicos, profissionais e representantes do movimento negro. O bate-papo reuniu acadêmicos do Curso de Psicologia da UFN, a representante do Coletivo Juventude Negra Feminina de Santa Maria, Alice Carvalho, a representante do Coletivo de Resistência Artística Periférica (Corap) Letícia Prates, o acadêmico do curso de Psicologia da UFSM, Pedro Henrique Machado e o Psicólogo e membro do Coletivo de Resistência Artística Periférica Thiago Alves.

Inicialmente, a integrante do Corap Letícia Prates, trouxe questionamentos sobre dualidades na rotina e vivência dos negros nas universidades públicas e privadas, além de referências de outros ambientes. “É preciso ter espaços onde o saber seja transdisciplinar, dialogue de fato com a realidade, com extermínio, com genocídio, com etinocídio, com a religiosidade, com o território e com os saberes das juventudes negras e periféricas”, afirmou.

Segundo o Psicólogo Thiago Alves, é importante reconhecer o contexto sociocultural e histórico da psicologia brasileira, bem como compreender a atual conjuntura econômica e política em que se vive.

Desta forma, ele abordou os temas da atenção as pessoas que fazem uso de drogas e os dilemas éticos e políticos do país. 

“O racismo institucional deve ser debatido no âmbito da saúde pública e demais políticas, visto que a problemática do uso de drogas legítima discursos de exclusão, segregação e genocídio em suma da juventude negra periférica. É papel do psicólogo abrir um campo de diálogo acerca dos saberes daqueles que vivenciam tal realidade”, ressaltou.

Desta forma, ele abordou os temas da atenção as pessoas que fazem uso de drogas e os dilemas éticos e políticos do país. 

Fotografias: Camila Gonçalves / Psicologia UFN


“O racismo institucional deve ser debatido no âmbito da saúde pública e demais políticas, visto que a problemática do uso de drogas legítima discursos de exclusão, segregação e genocídio em suma da juventude negra periférica. É papel do psicólogo abrir um campo de diálogo acerca dos saberes daqueles que vivenciam tal realidade”, ressaltou.

A acadêmica do 4º semestre do Curso de Psicologia da Universidade Franciscana, Laura Mayer Lopez, afirmou que é preciso que as pessoas brancas se insiram nesses debates étnico-raciais, para que a responsabilidade de lutar contra o racismo não seja transferida somente para os negros. “Ouvir os relatos de como o racismo atravessa cada um deles foi muito construtivo para minha formação como psicóloga, pois como futuros profissionais, precisamos ouvir e dar conta desse discurso, seja na clínica ou em outros espaços”, assegurou a discente.

Além da discussão, o evento contou com leitura poética e foi finalizada com a apresentação artística do enfermeiro do Caps “Cia do Recomeço”, Adriano Oliveira, que cantou músicas de compositores negros e brasileiros.

A atividade ocorreu na última quarta-feira, 13 de junho, na Sala de Convenções do prédio 13, Conjunto I da UFN. O evento foi organizado pelo Curso de Psicologia da UFN, em parceria com o Curso de Psicologia da UFSM.


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