Pibid Filosofia desenvolve projeto em colégio de Santa Maria sobre tipos de deficiência Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
20/04/2017
Alunos do Colégio Estadual Rômulo Zanchi participaram de diferentes atividades pertencentes ao projeto “Brincando com as Disciplinas”, do curso de Filosofia da Unifra, que chama a atenção para a acessibilidade. As atividades foram realizadas em 18 de abril, e fazem parte do Programa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid), coordenado pela professora Mitieli Seixas da Silva.

Esta é a primeira edição do projeto, intitulada “Somos iguais com nossas diferenças”. Nela, bolsistas do Pibid e professores colaboradores do Colégio Estadual Rômulo Zanchi têm como objetivo propiciar a reflexão sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com necessidades especiais na interação cotidiana. Para possibilitar essa reflexão, o grupo criou, junto do professor de Filosofia do Colégio, Jerônimo Lauer, cenas cotidianas em que os alunos sentiram na prática que a limitação pode estar no ambiente e não nas pessoas, como por exemplo: subir a escada do ônibus, atravessar a rua, percorrer um pequeno caminho com cadeira de rodas, entre outras. 

A professora do curso de Engenharia Biomédica, Maria Isabel Veras Orselli, que colabora com o projeto, proporcionou aos estudantes um teste de equilíbrio, utilizando a base de um Wii Fit Balance Board do Nintendo. “Os alunos ficam de pé em cima dessa plataforma e foram percebendo o quanto o ponto de equilíbrio muda quando estão, por exemplo, carregando uma mochila pesada”, explicou.

A atividade foi finalizada com os estudantes escrevendo em um grande mural as impressões sobre as dificuldades sentidas durante a iniciativa. De acordo com a coordenadora do projeto, Mitieli Seixas da Silva, a sequência do projeto será a criação de um livro com a descrição e proposta de atividades para que, na sala de aula, os professores das diferentes disciplinas possam continuar o trabalho da oficina.

Confira abaixo o relato da professora Mitieli sobre as diversas impressões dos estudantes em cada atividade.

"Logo no início, quando montamos o circuito de cadeira de rodas, uma aluna disse estar “chocada” com a dificuldade que era subir a rampa que dava acesso ao saguão da escola de cadeira de rodas, ela falou que não tinha qualquer noção de como isso era difícil e imediatamente apontou para o fato de que se a rampa fosse menos íngreme ou estivesse íntegra, pois o cimento estava desmanchado em uma das partes, seria mais fácil cumprir a tarefa. Outro fato interessante que pude acompanhar foi a experiência de duas irmãs gêmeas, sendo que uma não enxerga quase nada e a outra não apresenta essa dificuldade. As duas foram convidadas a participar do revezamento para deficientes visuais e foi interessante observar a atitude da menina sem deficiência visual, a qual disse ter percebido como era a vida da irmãzinha dela. Relatos desse estilo aconteceram na cena do ônibus também, onde os meninos tiveram dificuldades para subir as escadas do ônibus quando colocavam a barriga simulando uma gravidez. Durante a atividade tivemos manifestações positivas dos professores da Escola e pedidos para que expandíssemos a atividade para os outros turnos e também a levássemos para outras escolas.”


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