17/08/2018
Na tarde desta quinta-feira, 16, a oficina do 14º Fórum da Comunicação, ministrada pela professora da UFN e pesquisadora Rosane Leal, debateu sobre discurso de ódio e fake news (notícias falsas) na era das redes sociais.
A professora esclareceu o conceito de discurso de ódio, que se dá quando “o emissor do discurso de ódio inferioriza, desumaniza o alvo do seu ataque - que quase sempre é um grupo, uma minoria cultural”.
Do ponto de vista jurídico esse ataque se caracteriza quando um indivíduo discrimina e incita a violência. Segundo Rosane, existe um limite muito sútil entre liberdade de expressão e discurso de ódio, e o anonimato protege esses agressores. “Como responder ao discurso de ódio, como penalizar? ”, questiona.
Conforme a professora, estudos da psicanálise revelam a semelhança, não só entre os discursos de ódio, como do perfil psicológico desses emissores. Ela relata que nos últimos dois anos, há pelo menos nove projetos de Lei para criminalizar o discurso de ódio. Mas, faz um alerta: “essa medida pode constituir a censura”.
Rosane trouxe dados de um relatório elaborado pela Fundação Getúlio Vargas sobre fake news, robôs e redes sociais. Tais dados apontam a utilização massiva do Twitter, para criar e replicar muitas notícias ao mesmo tempo, pois é mais fácil copiar a ação humana, e do Facebook , quando alguém aceita outras pessoas desconhecidas que tenham pelo menos um amigo em comum.
A acadêmica de Jornalismo, Juliana Brittes, de 21 anos, que participou da oficina Discursos de ódio e fake news na internet: moralmente inaceitável ou juridicamente reprovável? destaca a importância de o papel do jornalista identificar as notícias falsas, de onde elas vêm e manter o compromisso com a verdade.
Texto: Caroline Comassetto / Acadêmica Jornalismo
Fotografia: Vitor Cargnelutti / Acadêmico Jornalismo