Biomateriais são usados na substituição de tecido humano Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
11/09/2018

As novas estratégias aplicáveis à engenharia de tecido foi o tema da palestra desta quarta-feira, 10, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, ministrada pela professora do curso de Engenharia Química da UFSM, Poliana Pollizello Lopes.

Ela falou sobre as novidades do mercado em biomateriais, as ferramentas utilizadas como a impressão de tecidos e as pesquisas realizadas na área.

Os Biomateriais são dispositivos artificiais ou naturais que utilizados para integrar ou substituir algum tecido natural, cuja função foi perdida ou danificada.

Segundo Poliana, são materiais médicos que tem algum tipo de interação com o organismo, com a intenção de tratar ou reparar alguma função do tecido.

A professora falou sobre o contexto histórico dos biomateriais, que apresentam registros do período egipciano, com proteases de madeira e que portanto são classificados como a primeira geração da tecnologia.

Hoje, estamos na quarta geração, que apresenta uma grande preocupação de construir uma ligação entre tecido e material, para que ele funcione de uma maneira natural, concluiu.

A descelularização de órgãos foi um dos destaques da palestra, uma tecnologia personalizada que permite um tipo de lavagem do órgão doado, para que eles recebam uma cultivação de células novas correspondentes ao perfil da pessoa que o recebe. Esse procedimento diminui as chances de rejeição do tecido, informou Poliana. 

Hoje, existem cerca de 40 mil pessoas em espera para receber algum tipo de doação. Essa lista só aumento, mas o numero de órgãos doados não, conclui a professora. Por isso “a base da engenharia de tecidos é visar a redução da escassez de órgãos e tecidos que estão disponíveis para transplantes. É suprir essa área que é bastante escassa”.

As inovações que estão sendo experimentadas na pesquisa sobre a impressão de tecidos cartilaginosos, muscular e até ovários foram apresentadas pela professora. Ela citou como exemplo uma pesquisa que teve uma orelha foi impressa e implementada em um rato de laboratório. 

Após dois meses, o material foi analisado e foi constatado que a estrutura deu origem a um tecido biológico, que estava vascularizado, ou seja, com circulação sanguínea, relatou Poliana. 

O grande desafio da área é tornar o biomaterial eficiente em estimular células e consiga desenvolver um sistema vascular irrigado, para se naturalizar e crescer, finalizou a professora.

Confira a cobertura completa do evento acessando o site da Agência Central Sul de Notícias da UFN.

Produção: Agência Central Sul de Notícias / UFN
Texto: Flora Quinhones / Acadêmica Jornalismo
Fotografia: Thayane Rodrigues / Acadêmica Jornalismo


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