Licenciatura: Conheça a história de Isis e Eduardo
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Incentivados por bons exemplos ao longo de sua formação inicial, muitos alunos resolvem seguir a profissão de docente, e passar adiante o conhecimento e as experiências que formam todos os outros futuros profissionais. De aluno para professor, o caminho envolve, além de uma licenciatura, compromisso e dedicação para aplicar em sala de aula, aprendizados e lições que possam seguir inspirando alunos a quererem ensinar também. A graduanda em Licenciatura Plena em Filosofia, Isis Zanardi sabe bem disso, pois em 2012 ingressou na Universidade Franciscana, incentivada pelo seu professor de ensino médio, que afirmava ver nela um grande potencial para contribuir com o ambiente de ensino e pesquisa.

Logo no início das aulas, Isis foi novamente aluna desse professor que a havia incentivado, e ao longo dos semestres, pôde contar com vários outros professores que a ajudaram e aos poucos, foram se tornando exemplos de profissionais, “obviamente aprendi coisas boas, mas também tive exemplos de como não agir, e essas pessoas contribuíram na minha formação enquanto profissional”, lembra a egressa de Filosofia.

Durante o quarto semestre do Curso, Isis foi indicada para lecionar em uma escola de ensino público da região, e ficou lá por três anos e meio. Isis ingressou em primeiro lugar na primeira turma do Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens, na qual também foi a primeira a defender e finalizar o mesmo, entregando a versão final de sua dissertação no início de agosto. Atualmente, está finalizando seu projeto para possível ingresso em um doutorado, e continua dando aulas, agora para um cursinho de preparação para o vestibular, onde ela já conseguiu incentivar um de seus alunos a seguirem a sua profissão, e ele está cursando licenciatura em Filosofia, por influência dela.

Em relação ao cenário atual da educação, Isis defende que o professor deve acreditar nas suas escolhas e, principalmente, na profissão, “penso que a valorização começa por nós mesmos. Temos que nos achar ‘o tal’, e aí sim, lutar pela valorização financeira, educacional e legal, além pela permanência das ciências humanas nas instituições públicas de ensino”, ressalta. Para ela, o primeiro passo para a mudança é o incentivo, e ele começa dentro da sala de aula, pois mesmo que pareça clichê, “na prática, quem realmente acredita no que faz, tenha a certeza que um deles com certeza sairá com o pensamento diferente. E vão lembrar de ti”, observa Isis.



Para ela, exercer a docência resultou em um sentimento de carinho e admiração ainda maior pela profissão, e por isso ela defende que quem também se sente assim não deve se desmotivar, pois a cada dia que passa se torna cada vez mais necessário a presença de professores qualificados e que sintam prazer em educar, “um profissional só é verdadeiramente bom quando faz o que gosta, e assim, se torna realizado profissionalmente, já que a melhor remuneração desse trabalho é quando um aluno muda a sua forma de ver o mundo, depois de nos conhecer”, ressalta.

Os motivos que levaram Eduardo Dalla Lana Baggio a escolher uma licenciatura envolvem sua paixão por trabalhar com pessoas, estabelecendo relações e compartilhando conhecimentos. Baggio, que é prof. Mestre em História, formou-se em 2007 pela Universidade Franciscana, e passou a lecionar para o ensino fundamental e médio, no Colégio Sant’Anna. Em 2014, foi convidado para dar aulas em um cursinho preparatório da cidade. Atualmente, ele ainda trabalha nas duas instituições, como professor de história, e se diz “realizado em colaborar para que meus alunos sejam encaminhados para a universidade, e ali comecem a traçar seus próprios destinos profissionais”.

Convivendo todos os dias com alunos do ensino médio e cursinho, Eduardo segue em busca de realizar seu objetivo de compartilhar conhecimentos que sejam válidos para a compreensão do mundo e de sua identidade histórica, pois para ele, a história é uma disciplina muito importante na formação do estudante. Baggio influenciou alguns de seus alunos à seguirem seus passos, e hoje eles estão cursando História na Instituição por indicação e incentivo dele, que vê no papel do professor, uma figura capaz de inspirar novos caminhos.

Apesar da situação delicada em que o cenário da educação se encontra, Baggio acredita e recomenda a profissão, pois para ele, a maior felicidade de um professor é o reconhecimento de vários profissionais das mais diferentes áreas, que um dia passaram pela sua sala de aula. “Acredito que sentir-se responsável pela formação de jovens, cidadãos e futuros profissionais, cientes de seu papel para continuarem fazendo o melhor de si em seus campos de atuação, é algo mais do que recompensador”, finaliza.